Canas OnLine

17 março 2007

Carnaval 2007


Canas de Senhorim _ Domingo Gordo

08 março 2007

Macaquear por aí...

fotos farpas

A(s) Facada(s)
A propósito do Carnaval...

por PortugaSuave


A tentativa de ensombrar o nosso Carnaval, levada a cabo pela Câmara Municipal de Asnelas, desde que em 1977 se prestou a incentivar e apoiar uma cópia do Carnaval de Cannas de Senhorym, é sobejamente conhecida dos canenses e já não nos suscita qualquer comentário, senão o de registar as mentes perturbadas dos fomentadores de tal recriação. Porém, julgo importante recordar e esclarecer as circunstâncias que levaram à criação da macaquice do carnaval de Aselas. A ancestralidade do carnaval de Canas de Senhorim perde-se no tempo e na memória. Segundo reza a história, há 300 anos que se vem realizando regularmente, constituindo, pela sua tradição e genuinidade, caso ímpar no panorama nacional. Das suas características peculiares, mantidas até aos dias de hoje, realço a sua originalidade, assente na saudável rivalidade entre os principais bairros da terra (Paço e Rossio) e a diversidade de costumes que animam, não só os quatro dias de folia, mas também os que os antecedem. O facto de nunca ter cedido a influências brasileiras confere-lhe um cunho tipicamente popular, bem patente no ritmo das marchas dos corsos e nas Bandas de Música que as interpretam.

Foram estas particularidades, aliadas à dedicação com que as gentes de Canas se entregam à sua festa de eleição, que colocaram Canas de Senhorim no roteiro de milhares de visitantes e foliões que anualmente nos procuram para desfrutar e participar no nosso carnaval. Uma festa do povo para o povo, gratuita e espontânea, como refere António João Pais Miranda na publicação Canas de Senhorim – História e Património.Ora, perante tal evidência, o mínimo que seria de esperar dos responsáveis camarários (Câmara Municipal de Asnelas) era que apoiassem e difundissem este evento, assumindo-o como património cultural da região, elegendo-o como ex-líbris do calendário festivo do município e promovendo-o eficazmente.Mas não. Muito pelo contrário. O que a Câmara Municipal de Asnelas fez no ido ano de 1977, foi incentivar a recriação na sede do município (Asnelas) de um carnaval artificial, tirado a papel químico do nosso. Simularam uma rivalidade ficcionada entre dois bairros postiços e saíram ao embuste, sem pejo nem dignidade.Ocorre-me aqui a leviandade de imaginar o que seria se a Câmara do Carregal, inspirada pelo plágio da sua congénere nelense, importasse a vetusta e tradicional Dança dos Cus de Cabanas de Viriato para o Carregal do Sal. Impossível! Pertencesse Cabanas ao concelho de Asnelas e asseguro-vos que o “bate cu” há já muito tempo seria parte do folclore “genuinamente nelense”.Este fenómeno de decalque reflecte a inconsistência histórica e cultural da vila de Asnelas. Constituída sede do concelho e criada administrativamente do nada, sem história nem memória, por força de Decreto em 9/12/1852, reuniu no seu seio as vilas de Canas de Senhorim, Senhorim e Santar. Estas vilas possuíam uma identidade própria que assentava no seu vasto património histórico e era consolidada pelos costumes e tradições seculares que os seus povos legaram à modernidade. Essa herança chegou aos nossos tempos através da arquitectura, da gastronomia, das lendas e crenças e de outros rituais, entre os quais o carnaval de Canas. O que aconteceu com Asnelas é que não houve legado nem herança que sustentasse o estatuto entretanto adquirido. No que refere ao carnaval a tradição nelense resumia-se ao bailes de carnaval e às moribundas “Contradanças” que, convenientemente, são referidas como origem(?) do actual carnaval de Nelas (ver Boletim Informativo n.º 7 da Câmara Municipal de Asnelas, de Fevereiro de 2005).Na ausência de tradições assinaláveis e a coberto de líderes despeitados e sem escrúpulos copiou-se o que havia para copiar e aviltou-se assim o património alheio na confecção de um carnaval por receita. Roubo premeditado e plágio consumado.

fotos de Norberto Peixoto

O Carnaval de Canas nos blogues

Aproxima-se mais um Carnaval. A aculturação da nossa sociedade à cultura brasileira não poderia ser mais evidente nesta altura do ano. Nas praças públicas, nas ruas, nos bailes dos bombeiros, lá está o omnipresente e enjoativo samba. Contratam-se actores de telenovela para que, expostos em cima de tractores mais ou menos coloridos, sirvam de atracção ao povo, com samba de fundo claro está. O Carnaval remonta às celebrações de Dionísio na Grécia antiga e até, talvez, aos bacanais romanos. Outros historiadores admitem que as origens do Carnaval possam remontar às celebrações em honra de Ísis e Osíris no antigo Egipto. Cá no nosso Portugal, o Carnaval de Canas de Senhorim, por exemplo, com perto de 400 anos […], são bons exemplos da não aceitação de estrangeirismos.

no blog Papamoscas


O Entrudo, como eu lhe prefiro chamar em vez de Carnaval, por me soar “mais português” e fazer lembrar as velhas tradições do nosso país, é um período de festas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, nas vésperas da Quaresma. Estes festejos simbolizavam o "adeus à carne" ou "carne nada vale" dando origem ao termo "Carnaval".
Cada local tem os seus próprios costumes, em Portugal a tradição mantêm-se[...] destacando-se o de Torres Vedras, Carnaval de Torres, por possuir o Entrudo mais antigo e dito o mais português de Portugal, que se mantém popular e fiel à tradição rejeitando o samba e outros estrangeirismos... Juntamente com o Entrudo de Canas de Senhorim com perto de 400 anos e tradições únicas como os Pizões, as Paneladas, Queima do Entrudo, Despique e muitas outras...


no blog Adega do Chico

O Carnaval de Canas no "Diário de Viseu"

[…] de realçar o Carnaval da freguesia de Canas de Senhorim, onde saem às ruas os bairros rivais do Paço e do Rossio, cumprindo uma tradição secular. Na “Segunda-feira das Velhas” reuniram-se nas quatro esquinas de Canas de Senhorim pessoas dos dois bairros vestidas a rigor, para trocar “mimos” escritos em pedaços de tecido e cartão e também balões de água com farinha à mistura. Há ainda os bailes, os pisões, as paneladas e a batatada, sendo o ponto alto o despique no cruzamento de ruas dos dois bairros, com os foliões de cada um deles a “puxarem” pela sua música.

Diário de Viseu

http://www.noticiasdeviseu.com

06 março 2007

Noites da Praça





As noites do Carnaval de Canas mudaram
por Ricardo Rosa Cavaco

O Carnaval de Canas no "Diário as Beiras"

[…]
Apesar de os habitantes de Canas continuarem com a pretensão de subirem a concelho, o “machado de guerra” parece ter sido enterrado por algum tempo e ontem nenhum sinal da luta de vários anos era visível no corso carnavalesco. Elisa Santos, da organização do Bairro do Rossio, de Canas, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS que existe durante o ano uma grande amizade entre os canenses, “mas neste dia somos completamente rivais”.Já quanto ao Carnaval de Nelas “não existe rivalidade, até porque as pessoas de Canas não vão ao Carnaval de Nelas, ficam por cá”, frisou.
[…]
Em Canas de Senhorim, com um cariz mais “aportuguesado”, os Bairros rivais, Paço e Rossio, voltaram a sair à rua e a animar os muitos visitantes da vila na tarde fria de Carnaval. “Esperemos que S. Pedro continue a ajudar e permita que não venha chuva”, lembrava ao DIÁRIO AS BEIRAS, Elisa Santos. Isto porque o bom tempo é fundamental para a batatada e o despique que se realizava ao final da tarde, depois do desfile, no cruzamento entre a rua principal do Rossio e a rua que dá acesso ao Paço, onde os foliões de cada bairro puxam pela sua música e canções. “Vemos lá ver quem é que conseguem dançar mais tempo e aguentar esta festa de arromba”, salientou a organizadora do Carnaval canense.Do ambiente carnavalesco de Canas fazem parte também os bailes, os pisões, as paneladas que ontem também se fizeram ouvir naquela vila.Para o dia de hoje, Quarta–feira de Cinzas, está marcada a tradicional queima do Entrudo[...]

Baile do Paço - Carnaval 2007




04 março 2007

Paço 1984

Carnaval de Canas de Senhorim

02 março 2007

Presente - Futuro


Como de costume...



... a frente da marcha do Paço está assegurada...



e já agora... a do Rossio também

01 março 2007

Opiniões V

Delirius Tremens

por Cristalinda

no blog Mulherio de Canas de Senhorim

[...]
Ora o que se podia ver ostensivamente era umas quantas baianas completamente desenquadradas, no espírito e no traje, arrastando farpelas de confecção duvidosa e origem suspeita. Depois, a própria organização da marcha transmitia a ideia de uma completa desunião, tal era o espaço vazio deixado entre os carros e a colocação dispersa dos grupos no cortejo. Às tantas já não se percebia se era o Paço ou alguma produção independente.
[...]
Ao contrário de anos anteriores, a costumeira equipa do Amef e C.ª, folgou na inspiração e apresentou um carro sem brilho nem cor (exageraram no branco e nem as olheiras do Amef salvaram a pintura).
Não me vou alongar na apreciação dos carros, mas havia um que me pareceu particularmente atraente. Um tractor John Deere de cor verde, série 5015, motor PowerTech com certificado de emissões II, potência de 83 CV. e uma cilindrada de 4,5 litros. Com disposição ergonómica dos comandos, excelente visibilidade periférica (320°) e baixo nível sonoro (inferior a 78 dB).
Pareceu-me que seria efectivamente o único carro decente que o Paço integrava no seu corso, não fora a sua baixa performance sonora ter comprometido o desempenho final em pleno despique. Não é que o raio do tractor, fiel ao seu doce ronronar, se recusou a estrondear devidamente na hora do aperto, obrigando os seus acólitos a remeterem rapidamente Rua do Paço afora, por forma que a vergonha passasse despercebida. Qual compromisso, qual honra, qual carácter! Tivesse este tractor de nova geração os pergaminhos sonoros dos seus antepassados e tão depressa ninguém o tirava dali. Mas estas modernices ecológicas é no que dão. Lá foram debitar os fracos decibeis para onde fosse possível ouvi-los.
[...]
Fizemos nós a festa e bem continuada noite dentro, com uma movida fantástica entre o Quebra e o Mercado. A iniciativa levada a cabo pelo Square Impact revelou-se um êxito, comprovando mais uma vez quem detém a iniciativa e torna o nosso carnaval cada vez mais atractivo. A malta do Paço por respeito lá foi dar uma espreitada ao seu baile desejando interiormente que terminasse o mais rápido possível para assim poderem dirigir-se ao Rossio, único local onde efectivamente se vivia o verdadeiro espírito carnavalesco. Entre música, representações de rua, convívio, espectáculos e cavaqueira, as grandes noites do carnaval tiveram lugar no Rossio e prolongaram-se na diversidade das iniciativas que aí se desenrolavam, contagiando com cor, alegria e entusiasmo todos os participantes. Uma verdadeira festa, coroada de sucesso e fantasia.
[...]
pela presença, pela entrega, pelo dinamismo, pela inovação e pelo entusiasmo, viva o meu Rossio adorado.

+ Paço


Opiniões IV

por André Jesus
no blog André Blog


Parabéns Canas de Senhorim….
Apesar das picardias temos de agradecer às duas Associações: Paço & Rossio, o excelente Carnaval que nos foi fornecido!
Este ano sim, ouve alterações no programa carnavalesco em relação ao ano passado! Mas, não foi por isso que o nosso Carnaval deixou de ser excelente, aliás, antes pelo contrário! Penso que foi melhor do que os dos anos passados, porque ouve sim, uma inovação, mas, sem perder algumas das tradições. E penso que é esse o principal aspecto que está a fazer com que o nosso Carnaval tenha cada vez mais adeptos!!! O nosso Carnaval está sem dúvida a evoluir! Portanto parabéns “Por um Carnaval melhor!”

Parabéns ao Rossio!!! Rossio é o REI DAS FESTAS (sem dúvida)

Paço “Fraquinho nas Festas vá”, mas com Carros excelentes. DESPIQUE? (NÃO HOUVE). Quem ganhou????? Canas de Senhorim…

Paço 5*


Opiniões III

Delírios
por Achadiça

[...]
Tudo começou no Domingo de carnaval. O Paço causava furor com uma excelente frente de marcha, onde ponteavam belos trajes e uma alegria inigualável. Depois, ao longo da marcha podiam apreciar-se inúmeros grupos foliões que mostravam originalidade e bom gosto. Os carros alegóricos de elevado recorte artístico, complementavam um corso fantástico que, incorporando a tradicional Banda de Música, arrematava com uma alusão satírica às condições do sistema de saúde. Pelo meio podíamos apreciar o excelente efeito produzido pelo movimentos dos golfinhos num carro simples mas muito bem conseguido, a divertida sátira da “Bandalhoca”, os "ghostbusters" dos computadores, as “Floribelas”, enfim, uma diversidade de referências e representações que asseguraram a genuinidade do nosso carnaval.
Por oposição, o Rossio causava dó. Lá levava a marchita meia composta, mas desfilando sem graça nem criatividade. Os carros eram de bradar aos céus e, foi nesta atitude que lá consegui vislumbrar um carrito jeitoso, único na mostra. Uma águia mijona, que a cada movimento mecânico, derramava óleo por tudo quanto era lado. Ainda têm muito que aprender para se meterem nestas coisas mecânicas.
Mas a coisa até passava despercebida se a páginas tantas não dou comigo a ouvir a marcha do Rossio interpretada por uns rapazes enfastiados e pouco convictos do papel que estavam a representar. Lá iam vestidos no rigor do funeral, sem uma fantasia, uma pintura, algo que nos indicasse que integravam efectivamente um cortejo carnavalesco. Uma tristeza. Ressalvo o cantor que tentava contrariar aquele triste quadro sonoro.
Com o passar dos dias a febre foi aumentando, mas mesmo assim, na terça-feira, lá fui até às Quatro-Esquinas para assistir ao despique. Mas a febre não perdoa e com ela veio o completo delírio. Então não é que, e juro que foi isto que vi, ou que a alucinação deixou entrever, dou com o Rossio a gritar histericamente sozinho, abandonado à sua teimosia e reduzido a meia dúzia de gatos-pingados. Ainda surpresos, interrogavam-se frustrados sobre o porquê de tamanha ingratidão, logo este ano que cumpriram meticulosamente o acordado na reunião preliminar entre as direcções de ambos os bairros. Já não vale a pena sermos honestos e cumpridores da nossa palavra, comentavam.
Consciente que a alucinação febril estava a toldar-me a mioleira fui meter-me rapidamente entre mantas para ver se recuperava a tempo de dar uma saltada ao baile do Paço que, como sabemos vem perdendo adeptos de ano para ano e como tal convém apoiar e participar. Mas que raio! De novo o delírio febril atacou sem dó nem piedade. Então não é que o Salão dos Bombeiros estava completamente cheio. Velhos e novos dançavam acaloradamente ao ritmo das marchas e outras músicas adequadas.
[...]

Rossio 5*

Opiniões II

Não há um carnaval assim!...
por Cingab

[...]
O Rossio ganha sempre!... Por mais que se baralhe e volte a dar, a superioridade do Rossio é sempre arrebatadora!...Como todos os outros passados, este teve algumas particularidades... Desde logo porque, finalmente, a víbora foi obrigada a beber o próprio veneno, mas não convém fazer isso muitas vezes. Qualquer dia a víbora não vem aos nossos lados e a “coisa” perde a “pica”... Eu continuo a preferir que ela me morda os calcanhares!...Tivemos aquela ideia peregrina de descermos a rua do Paço... Eu não concordo, mas se estava a palavra dada... Nem que só fossem os carros e a música a tocar (neste caso teria de se desligar, por causa do ocorrido)... E, como não podia deixar de ser, o Presidente do Rossio (para mim um dos melhores que já passou na UCRR) demitiu-se! Pelo menos foi o que disseram, porque eu não ouvi de viva voz, contudo, conhecendo a sua verticalidade, deve ser verdade!...Uma das boas notícias foi o Square Impact, só tenho que dar os meus parabéns... Muito bom!... Apenas talvez para a próxima porem nos cartazes “Rossio”... Nem que a palavra seja estupidamente pequenina... E é claro que se pode sempre melhorar!...Em termos, de carros alegóricos, parece-me óbvio... A “Águia” - Que categoria! Se bem que os “Golfinhos”, a “Enfermaria” e o “Xiqueiro Nacional” também estavam 5 estrelas!... E depois lá iam os “monos” do costume!...Em marcha propriamente dita, mais uma verdade de La Palice, o Rossio melhor!... Se bem que o Paço, surpreendeu-me com os fatos muito fixes, mas preferiram dar o destaque da frente da marcha a trajes com 5 anos da Figueira da Foz... Ainda por cima atípicos!... Valha-nos Sta. Engrácia!...
[...]
O Despique... Bem o Despique não percebi!... Não percebi, mas gostei... Vá-se lá saber porquê? Ainda se há-de experimentar aquela ideia de só pessoas a cantar pelo seu bairro!... Acho que ficaria bem no final um fogo de artifício!...Esteve muita gente!... Muitos visitantes adoraram... Muitas pessoas de asnelas que, pela primeira vez, viram o Carnaval de Canas de Senhorim e renderam-se à nossa alegria, à nossa tradição, à nossa alma (sic), aqui sim, é Carnaval (sic)!...
[...]