Canas OnLine

19 janeiro 2007

lembrete

Em sequência no excelente texto do Portugasuave apraz-me acrescentar...

O inicio do Carnaval em Asnelas deve-se também e principalmente ao facto de, numa altura conturbada nos bairros em Canas, onde, inclusivé, o Paço não saiu à rua, preferindo fazer uma sardinhada, canenses resolveram ajudar ao inicio do entrudo asnelense... Contribuiriam ainda, de uma forma decisiva, canenses migrados para a capital de município!...
Há quase duas décadas a minha professora de Biologia (em nelas) tinha uma opinião que passou a ser a minha... Por uma questão de lógica, até financeira, Canas Senhorim organizaria o Carnaval e Asnelas os Santos Populares visto serem, respectivamente, as tradições mais enraizadas de cada povo...

Sejamos claros... Em asnelas, o Carnaval sai (quando o tempo deixa) realizado e produzido pela câmara em 90%...
Aluguer de fatiotas, publicidade, logística, construção dos carros, contratação de marchantes (até de Canas), dinheiro ilimitado (Os fornecedores das associações iam directamente à Câmara receber), mão de obra camarária, utilização de veículos... E depois de tudo, ainda mais dinheiro de subsídio...
Em asnelas tiveram a lata de fazer um pseudo-congresso sobre o Carnaval português, com a presença de muitas Vilas do país com Carnaval enraízado... Esqueceram-se de Canas de Senhorim... Coisas de Zé Colmeia!...

O Carnaval de Canas precisa de muitas coisas, principalmente organização... Experimentar a mudança é sempre de saudar, este ano parece que vai haver algumas tentativas... Podendo desde já digo, não concordar, louvo os que tentam a mudança para um Carnaval melhor!... Força aí a todos!...

14 comentários:

PortugaSuave disse...
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PortugaSuave disse...

Cingab
Excelente texto informativo. Dele constam algumas coisas que eu não sabia...
Cumprimentos

Cingab disse...

Lembro sim sr.!...
Mas eu tenho de ser parcial... Porque posso! :D

Anónimo disse...

Será que os "excessos" de um ano, cometidos de um lado e outro como sempre, justificariam a atitude do Paço, com o sr. amef à cabeça, em boicotar o carnaval de 1977? E que, coincidência das coincidências, serviu de lançamento ao de asnelas? O senhor amef neste filme, como em outros, nada tem de anjinho. Só continuam por esclarecer as motivações.

Anónimo disse...

O cingab não é parcial só em matéria de carnaval. Claro que sabe que o "pseudo-congresso" realizado em asnelas não foi coisa de Zé Colmeia, mas sim dos seus amigos Borges da Silva e Manuel Marques. E que os seus amigos, por muito que manipule, não são muito diferentes dos outros. Ou são?

Cingab disse...

@Paneladas,
Não é preciso ofender!...

@Anónimo,
Tenho os amigos perto de mim... E os inimigos ainda mais perto

Anónimo disse...

cingab,
Não vejo onde possa ter ofendido alguém. Longe de mim tal intenção. Limitei-me, de forma suscinta, a relembrar factos de há 30 anos que você levantou. Verdades que podem incomodar, mas verdades. E nesta "estória", como noutras, só a terra foi ofendida, por uma acção que desvirtuou gravemente uma das tradições de que os canenses mais se orgulham. E que, ainda por cima como você bem disse, serviu para que os de lá de cima lançassem aquela espécie de sambinha mal engendrado, pago com os dinheiros de todos nós, que mais não pretendeu que acabar com o carnaval secular de Canas. As verdades podem incomodar, mas não ofendem!

Cingab disse...

@Paneladas,
Correcto...
Mas, há pessoas que não gosto de molestar, uma delas o Amef!!!... É um defeito meu, talvez mesmo cobardia...

Caso imaginasse que o AMEF esteve numa organização de carnaval em Asnelas, jamais puxaria o assunto á tona...

Contudo, As verdades podem incomodar, não podem ofender!...

PortugaSuave disse...

Algo no vosso diálogo está errado ou então encerra juízos de intenção muito pouco abonatórios da verdade que os senhores alegam.
Como pode um acontecimento ocorrido em 1978 (ausência da participação do Paço no Carnaval) ter dado origem ao Carnaval de Nelas que teve o seu impulso em 1977?
Quanto muito podem intuir que tal ausência possa ter ajudado a consolidar o Carnaval de Nelas, mas nem isso me parece razoável. Os dados estavam lançados. O apoio e a vontade dos responsáveis camarários era irreversível, independentemente dos acontecimentos verificados em Canas. Para além disto, parece-me especulativo e muito “cómodo” arranjar bodes expiatórios internos para justificar a criação do Carnaval de Nelas. Já as referências ao Amef são ofensivas e merecedoras de total reprovação, especialmente porque levantam insinuações infundadas e são proferidas sob a capa do anonimato, circunstância muito curiosa para quem afirma que a verdade incomoda. Assuma a sua própria verdade ou identidade. Então sim, veremos quem sai incomodado.
E você Cingab, com a devida consideração, já devia ter alguma sensatez para não alinhar nestas provocações gratuitas.
Cumprimentos

Cingab disse...

AH!... Já agora, não acredito que o AMEF estivesse numa organização do Carnaval de Asnelas... Só se fosse para sabotar!... eehhhh

Anónimo disse...

O senhor portuguêssuave reabriu um diálogo encerrado. Qual inquisidor, que faz pouco juz ao sobre "suave" e aos costumes brandos do português, contra a heresia de uma verdade factual, a do Paço ter trocado, em 1977, a tradição por uma sardinhada, de que o senhor Amef foi o grande obreiro. E que, por coincidência, nesse mesmo ano aconteceu a primeira edição do dito carnaval "lá de cima".
Lá sabe porque adjectiva o que aconteceu exactamente há 30 anos de "referências ofensivas" e "provocações gratuitas" e porque, sob a capa do anonimato, procura trocar os anos. Mas não é preciso conhecer a sua identidade para se perceber que a verdade desta estória o incomodou. E muito. Lá saberá porquê. E não se disse nada de especial que não seja do conhecimento geral e facilmente comprovavel, porque com pormenores muita gente entraria em estado de choque.
Com o devido respeito, abandone esses ímpetos de inquisidor, com laivos de presunção, com que procura adulterar a verdade. Ou então assuma que se enganou, ou que foi enganado. Olhe que a mentira tem perna curta. E, acredite, a mentira é uma coisa muita feia.
O senhor cingab sentiu-se "aliviado". Ainda bem. Sabe, a lealdade a um amigo, em qualquer circunstância, é uma virtude. Especialmente quando se sofre alguma desilusão em relação a essa pessoa amiga. Mas não julgue que isso altera a realidade das coisas, não só em relação a esta estória como a outras. Porque, dá para perceber, que está para sofrer muitas desilusões com alguns dos seus "heróis".

PortugaSuave disse...

Veja aqui a sardinhada do Paço em 1977

Sardinha n.º1
Sardinha n.º2
Sardinha n.º3

E o carro que está na origem dessa sardinhada. Anacronismos!!!
Sardinha n.º4

Anónimo disse...

Senhor portugasuave, não quero que pense "meteu o rabo entre as pernas" perante a sua resposta persuasiva. É para terminar este debate engraçado. E começo por lhe pedir desculpa por o ter julgado, por momentos, manipulador. Em face das provas apresentadas tinha toda a razão. Mas, esclarecida esta questão, insisto que em 1977 o bairro do Paço não saiu, antes, fez uma sardinhada. Não julgue que é teimosia. As fotos das duas uma: ou são do Rossio ou, sendo do Paço, são de outro ano. Lamento, mas a minha memória não chega a tanto. Mas vamos aos factos: Em 1976, nos excessos que por vezes aconteciam, arderam dois carros - do Rossio, perto do Cruzeiro, e do Paço, aquando do despique. Logo a "vingança" começou a ser germinada para ser servida no ano seguinte. Que infelizmente aconteceu na forma já amplamente glosada.
Lá em cima aproveitaram a zanga para fomentarem o que se sabe. E nesta questão tudo o que você diz está correctíssimo, não foi por causa do meio-carnaval em Canas que nasceu aquela coisa lá de cima. Mas que deu jeito... As razões foram as que explanou muito bem. E repare, não acha que depois disto, a 1ª edição das marchas de inverno em Nelas,se em Canas em 1978 não se realizasse o carnaval não seria uma atitude duplamente suicída? Em 1978, perante o perigo "congolês" emergente,foi retomada a tradição. Todos e em força.
Não há ninguém na vida que não cometa erros. Involuntáriamente, por certo, sem pesar consequências futuras. Infelizmente em Canas temos exemplos de que só a terra se queixa. Talvez seja uma boa ocasição para começar a aprender com os erros passados. Reconhecê-los e reflectir é uma grande virtude.Canas bem merecia esse esforço.
Já agora, depois do carnaval. Até lá boas paneledas.

PortugaSuave disse...

É a minha vez de me retratar. Efectivamente os carros que eu supunha serem de 1977, são de 1976. Logo, a sardinhada organizada pelo Paço teve lugar em 1977, como afirma, e não em 1978. A minha interpretação resultou da incorrecção das legendas que acompanham as fotografias, como pode verificar nos links anexados, e nunca de uma qualquer tentativa de manipulação da verdade.
Ainda assim, colar esse acontecimento ao nascimento do Carnaval de Nelas parece-me um juízo meramente especulativo.
Cumprimentos