Cingab: Se já aqui chegouVamos lá continuarIsto não acabouSó mudou de lugarOs anos que vi no seu perfilNão escondem a verdadeEmbora já me pareça senilSó com 33 anos de idadeSe com três anos datadoSe lembra do carro ardidoOu o perfil está erradoOu o Cingab confundidoNão lhe digo a cor do carroNem quantos anos eu façoSó lhe digo que o meu bairroDesde sempre foi o PaçoCoelhinho coelhinhoTão querido, tão macioNem o teu pelo fofinhoTrouxe beleza ao RossioMal empregado fatinhoCoitadinha da criançaVestido de coelhinhoProntinho p’ra matançaProntinho p’ra matançaEm sentido figuradoO mesmo que sentençaO mesmo que derrotadoVou terminar o assuntoQue este já me cansaO Cingab já era um adultoNão era nenhuma criançaJá era um láparo feitoQuando o Paço folgouCoitado, perdeu o jeitoNunca mais recuperou
sugestão aos cantantes:"postem" as quadras - têm + visibilidade!
Não me falta inspiraçãoA quem me chama senilE respondo-lhe, porque não?Seja uma, cem ou mil!33 anos são os meusOs do Paço a aturarJá ganhei direito aos céusPor aos pequenos perdoarA árvore que nasce tortaTarde ou nunca de endireitaIsto não é palavra mortaDesculpe lá mais esta desfeitaVesti a pele de coelhoE sujei-me num lameiroMas eu não ando c'um “relho”Vestido com pele de cordeiroE quando alguém do PaçoMe vem com falinha mansa Eu as mangas arregaçoE perde logo a “cagança”Porque por chato que sejaVale sempre a pena lembrarO Rossio causa-vos invejaO que é capaz de matarUma mulher não tem idadeE a sua não me importaGosto da sua fidelidadeA um Bairro que não vale uma porta
Que não vale uma porta!Diz o Cingab por despeitoConfrontado com a derrotaQualquer rima lhe dá jeitoAinda assim insisteAinda teima no desafioÉ sinal que não existeBom senso no RossioAté da banda abdicamPor um grupo musicalE assim sacrificamA tradição do carnavalTemo que por este andarO Rossio batuqueiro Troque a marcha popularPor um samba brasileiroNão sei o que lhe vai na almaA propósito deste assuntoSe fosse eu perdia a calmaSe fosse eu ralhava muitoO nosso entrudo é ímparPelo que tem de desigualNão queira o Rossio acabarCom o nosso carnavalDeixo a minha opiniãoNas palavras que aqui ficam Se acabam com a tradiçãoÉ Canas que prejudicam
Se me fala de tradiçãoFalemos a uma só vozDe Lisboa é a CançãoE Fatos da Figueira da FozBonitos são de certezaOs fatos que vão alugarNo Rossio há destrezaSomos estrelas a brilharNão gosto de amplificaçãoTerça-feira no despiqueMas colunas ao “delandão”Parece ser um vosso tique.Fica-vos mal a ingenuidadeAos especialistas em sabotagemNo Rossio há dignidadeDe Canas protegemos a imagemNo Pelourinho dançamosMantemos a marcha a andarNo Rossio não ficamosPara só aí marchar
Ibotter não leve a peitoPor as quadras não postarÉ que para esse efeitoSó se o Cingab alinharÉ que para se entenderEsta nossa desgarradaAs quadras têm que se lerTodas juntas à desfiladaSe o Cingab concordarE o Ibotter assim querPor mim pode-as postarPode fazer o que quiserAdmito estar renitenteE com alguma hesitaçãoO Cingab é impertinenteE abusa do palavrão Depois vem a qualidadeQue a exibição obrigaNão basta a maldadeCom que ele me fustigaCingab, pense no assuntoE aposte na qualidadePois não é o insultoQue lhe traz dignidadeClaro que estou na reinaçãoO Cingab é bem-educadoSó lhe foge a boa educaçãoQuando o Rossio é mal tratadoMas a história é mesmo assimComo o Rossio não recuperaChegou a Canas de SenhorimUm “Impact” de esperaVamos lá ver se é destaCom muito som e tecnologiaQue o Rossio faz a festaNo despique ao terceiro dia
Achadiça e IbotterFaçam como entenderemAs rimas que eu escreversão vossas para postaremQue você tem por hobbyDesdenhar as minhas rimasApoiada por um lobbyDe intelectuais meninasDo Paço não chegam para mimTrato-os como sendo de asnelasEu sou de Sanas de SenhorimE no Rossio não há “balelas”Ando às volta por respeitoPara rimar com AchadiçaHá uma palavra mesmo a jeitoE não é a palavra liçaQue na Praça haja ImpactoÉ algo sempre de saudarEsta rapaziada tem tactoPara o Carnaval mudarAs tradições sempre mudamUm pouco como os amoresRespeito todos que suamPor um Carnaval sem dissabores
Para quem gosta de rimasE aprecia esta derriçaVou eu postar as quadrasDo Cingab e da Achadiça
Anda-lhe a palavra na cabeçaDiz o Cingab que dava jeitoMas p’ra rimar com AchadiçaAcho o pensamento suspeitoEspero que tal rimaNão vá dar que falarQue seja coisa femininaNada de invulgarNão me fale em tradiçãoPois já em si não confioQuando faz alusãoÀ inovação do RossioInovar sim mas com calmaCom respeito pelo legadoPara que se não perca a almaDo nosso histórico passadoNão é com samba e guitarradasQue melhoramos o CarnavalPara isso já temos “asneladas”E que me perdoe o animalMantenham a banda no corsoNão a abandonem sem glóriaTenham respeito pelo esforçoE consideração p’la memóriaSe querem um som actualVão curtir lá p’ro mercadoDeixem o nosso CarnavalVão dançar p’ra outro ladoO Cingab e outros que taisNuma atitude anormalEsquecem-se que nossos paisTambém amam o CarnavalCom estas mudançasE tanta impertinênciaAinda vou às FinançasMudar de residênciaFica o Paço perplexoCom tanta leviandadePerante a crise de sexoEfeitos da puberdadeOs problemas de puberdadeQue no Rossio grassamNão são um efeito de idadePois esses sempre passamÉ mesmo doença inataUma crise de paixãoE para ser mais exactaAqui fica a explicaçãoO Rossio cala a dorMas nota-se o cansaçoSofre um mal de amor:Apaixonou-se pelo Paço
Tanta presunção, meu DeusQue a amiga aqui exalaQualidade que é dos seusCompanheiros de cabalaNão é que isso me maceAté deu gargalhadas milOuvir a marcha do PaçoCom português do BrasilPorque entra agora o sexoNesta contenda, achadiçaÉ coisa sem muito nexoEu não vou a essa missa...O legado respeitamosDignos e com muito afincoMantemos a liberdadePura que nem um “brinco”Depois fala de amorRespeito, tradição e paixãoEsquecendo o dissaborDe ficar com um melãoTodos os anos é igualNão cumprem o que prometemE isso é um sinalQue este ano não acertemTomam por lorpas os do Rossio Mas nós deixamos que seja assimPorque nós somos os guardiões do brioDo Carnaval de Canas de SenhorimLagartixa por muito que queiraNunca chegará a jacaréPerdoo-lhe essa invejaPorque isto é o que é!...Somos melhores, maiores, grandiososUma força do Tamanho do UniversoJuntamos nossos pais e avós saudososAo Rossio que aqui vos verso
Parabéns ao adversárioDesta vez aprimorou-seDeixou de ser primárioFosse lá porque fosseAs quadras compostinhasTrabalhadas com empenhoEstão muito arranjadinhasDe conteúdo e tamanhoA verdade é sagradaFoi assim que aprendiMas não vejo sanadaA doença que entreviO Rossio está deprimidoSofre de mal de amoresO culpado é o CupidoNão são os sabotadoresIsto já é paixão antigaMuitas vezes camufladaPor uma ou outra brigaUma ou outra cacetadaP’ra disfarçar a choradeiraVai recorrer à tecnologiaCom tamanha chinfrineiraPensa qu’a paixão aliviaTorna-se difícil rivalizarSe isto continuar assimCom um Rossio a amarEm Canas de SenhorimEscolha outro parAgarre outro braçoNão se deixe tentarPela beleza do PaçoAmores incorrespondidosDão sempre mau resultadoSe querem ser atendidosVão amar para outro ladoO paço só quer competirCom entrega e devoçãoP’ró Carnaval se cumprirComo manda a tradição
O Paço quer competir?Mas não tenha ilusõesPara um Carnaval construirNós damos explicaçõesMas é um caso perdidoParece não aprender Com raposas tem vividoE causa-me algum prazerAmor tem o RossioPelo Carnaval de CanasNisso têm pouco brioTalvez umas paixões insanasMas ainda me dirãoQuem vos elegeu defensores,Desta nobre tradiçãoNão são vocês provedores...Continua com despeitoAs minhas rimas criticarMas em questões de respeitoVocês não são de fiarSó pela vossa irritaçãoDe um despique amplificadoAté vou contra a minha opiniãoPara não me sentir gozadoE esqueça lá isso dos amoresPorque já não temos idadePrefiro viver com os saboresE aquela eterna saudade
Os amores não esquecem!Por muito que custe crerSão eles que comprometemO vosso ensejo de vencerFicam p’ra ali aturdidosPelo nosso esplendorApurando os sentidosE silenciando o amorÉ tanto o vosso espantoTanta a vossa emoçãoQue se rendem ao encantoCom apreço e admiraçãoInvejam o nosso coloridoA marcha com mais graçaO cortejo mais aplaudidoQuando o meu bairro passaDepois vêm com desculpasPara não perder o orgulhoAssumam mas é as culpasNão metam o Paço ao barulhoÉ com essa triste posturaQue me divirto e delicioConfirmam a fraca figuraQue nos oferece o Rossio
O que o Paço tem de bomMas é uma verdade atrozDe Lisboa vem o somOs fatos da Figueira da FozE até lhe digo maisJá em asnelas também fazemVêm de outros carnavaisOs fatos que vocês trazemInvejar o vosso colorido?Ou o vosso ar atómico?Talvez nunca tenha ouvido:Mas é de um gajo ir ao vómito!Aplaudem vossas “loucas”Isso tem motivo lógicoTambém aplaudo as focasQuando vou ao Jardim ZoológicoNo Rossio não expulsamosOs companheiros marchantesOs problemas conversamosNão somos amuados pedantesE as atitudes insanasDe a vossa marcha olharÉ um sacrifício por Canaspara o entrudo não acabar
Da Figueira ou de LisboaNão interessa de onde sejaA nossa marcha é coisa boaQue vos causa muita invejaOs fatos são bonitosHaja moças p’ros vestirNão é nos vossos corposQue eles hão-de servirD’ir ao vómito e agoniarÉ mesmo o vosso feitioE eu tenho que aturarEstes gajos do Rossio ”Aplaudam vossas loucas”Que raio quer isto dizerO Cingab anda às aranhasE eu p’ra o entenderQuem anda sem tactoNão é o Paço de certezaÉ o Rossio e o tal de ImpactoQue não assume com firmezaE agora para acabarVou despedir-me com estimaSó lhe peço para começarAs novas rimas mais acima
No Post "A Quadra perdida"
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16 comentários:
Cingab:
Se já aqui chegou
Vamos lá continuar
Isto não acabou
Só mudou de lugar
Os anos que vi no seu perfil
Não escondem a verdade
Embora já me pareça senil
Só com 33 anos de idade
Se com três anos datado
Se lembra do carro ardido
Ou o perfil está errado
Ou o Cingab confundido
Não lhe digo a cor do carro
Nem quantos anos eu faço
Só lhe digo que o meu bairro
Desde sempre foi o Paço
Coelhinho coelhinho
Tão querido, tão macio
Nem o teu pelo fofinho
Trouxe beleza ao Rossio
Mal empregado fatinho
Coitadinha da criança
Vestido de coelhinho
Prontinho p’ra matança
Prontinho p’ra matança
Em sentido figurado
O mesmo que sentença
O mesmo que derrotado
Vou terminar o assunto
Que este já me cansa
O Cingab já era um adulto
Não era nenhuma criança
Já era um láparo feito
Quando o Paço folgou
Coitado, perdeu o jeito
Nunca mais recuperou
sugestão aos cantantes:
"postem" as quadras - têm + visibilidade!
Não me falta inspiração
A quem me chama senil
E respondo-lhe, porque não?
Seja uma, cem ou mil!
33 anos são os meus
Os do Paço a aturar
Já ganhei direito aos céus
Por aos pequenos perdoar
A árvore que nasce torta
Tarde ou nunca de endireita
Isto não é palavra morta
Desculpe lá mais esta desfeita
Vesti a pele de coelho
E sujei-me num lameiro
Mas eu não ando c'um “relho”
Vestido com pele de cordeiro
E quando alguém do Paço
Me vem com falinha mansa
Eu as mangas arregaço
E perde logo a “cagança”
Porque por chato que seja
Vale sempre a pena lembrar
O Rossio causa-vos inveja
O que é capaz de matar
Uma mulher não tem idade
E a sua não me importa
Gosto da sua fidelidade
A um Bairro que não vale uma porta
Que não vale uma porta!
Diz o Cingab por despeito
Confrontado com a derrota
Qualquer rima lhe dá jeito
Ainda assim insiste
Ainda teima no desafio
É sinal que não existe
Bom senso no Rossio
Até da banda abdicam
Por um grupo musical
E assim sacrificam
A tradição do carnaval
Temo que por este andar
O Rossio batuqueiro
Troque a marcha popular
Por um samba brasileiro
Não sei o que lhe vai na alma
A propósito deste assunto
Se fosse eu perdia a calma
Se fosse eu ralhava muito
O nosso entrudo é ímpar
Pelo que tem de desigual
Não queira o Rossio acabar
Com o nosso carnaval
Deixo a minha opinião
Nas palavras que aqui ficam
Se acabam com a tradição
É Canas que prejudicam
Se me fala de tradição
Falemos a uma só voz
De Lisboa é a Canção
E Fatos da Figueira da Foz
Bonitos são de certeza
Os fatos que vão alugar
No Rossio há destreza
Somos estrelas a brilhar
Não gosto de amplificação
Terça-feira no despique
Mas colunas ao “delandão”
Parece ser um vosso tique.
Fica-vos mal a ingenuidade
Aos especialistas em sabotagem
No Rossio há dignidade
De Canas protegemos a imagem
No Pelourinho dançamos
Mantemos a marcha a andar
No Rossio não ficamos
Para só aí marchar
Ibotter não leve a peito
Por as quadras não postar
É que para esse efeito
Só se o Cingab alinhar
É que para se entender
Esta nossa desgarrada
As quadras têm que se ler
Todas juntas à desfilada
Se o Cingab concordar
E o Ibotter assim quer
Por mim pode-as postar
Pode fazer o que quiser
Admito estar renitente
E com alguma hesitação
O Cingab é impertinente
E abusa do palavrão
Depois vem a qualidade
Que a exibição obriga
Não basta a maldade
Com que ele me fustiga
Cingab, pense no assunto
E aposte na qualidade
Pois não é o insulto
Que lhe traz dignidade
Claro que estou na reinação
O Cingab é bem-educado
Só lhe foge a boa educação
Quando o Rossio é mal tratado
Mas a história é mesmo assim
Como o Rossio não recupera
Chegou a Canas de Senhorim
Um “Impact” de espera
Vamos lá ver se é desta
Com muito som e tecnologia
Que o Rossio faz a festa
No despique ao terceiro dia
Achadiça e Ibotter
Façam como entenderem
As rimas que eu escrever
são vossas para postarem
Que você tem por hobby
Desdenhar as minhas rimas
Apoiada por um lobby
De intelectuais meninas
Do Paço não chegam para mim
Trato-os como sendo de asnelas
Eu sou de Sanas de Senhorim
E no Rossio não há “balelas”
Ando às volta por respeito
Para rimar com Achadiça
Há uma palavra mesmo a jeito
E não é a palavra liça
Que na Praça haja Impacto
É algo sempre de saudar
Esta rapaziada tem tacto
Para o Carnaval mudar
As tradições sempre mudam
Um pouco como os amores
Respeito todos que suam
Por um Carnaval sem dissabores
Para quem gosta de rimas
E aprecia esta derriça
Vou eu postar as quadras
Do Cingab e da Achadiça
Anda-lhe a palavra na cabeça
Diz o Cingab que dava jeito
Mas p’ra rimar com Achadiça
Acho o pensamento suspeito
Espero que tal rima
Não vá dar que falar
Que seja coisa feminina
Nada de invulgar
Não me fale em tradição
Pois já em si não confio
Quando faz alusão
À inovação do Rossio
Inovar sim mas com calma
Com respeito pelo legado
Para que se não perca a alma
Do nosso histórico passado
Não é com samba e guitarradas
Que melhoramos o Carnaval
Para isso já temos “asneladas”
E que me perdoe o animal
Mantenham a banda no corso
Não a abandonem sem glória
Tenham respeito pelo esforço
E consideração p’la memória
Se querem um som actual
Vão curtir lá p’ro mercado
Deixem o nosso Carnaval
Vão dançar p’ra outro lado
O Cingab e outros que tais
Numa atitude anormal
Esquecem-se que nossos pais
Também amam o Carnaval
Com estas mudanças
E tanta impertinência
Ainda vou às Finanças
Mudar de residência
Fica o Paço perplexo
Com tanta leviandade
Perante a crise de sexo
Efeitos da puberdade
Os problemas de puberdade
Que no Rossio grassam
Não são um efeito de idade
Pois esses sempre passam
É mesmo doença inata
Uma crise de paixão
E para ser mais exacta
Aqui fica a explicação
O Rossio cala a dor
Mas nota-se o cansaço
Sofre um mal de amor:
Apaixonou-se pelo Paço
Tanta presunção, meu Deus
Que a amiga aqui exala
Qualidade que é dos seus
Companheiros de cabala
Não é que isso me mace
Até deu gargalhadas mil
Ouvir a marcha do Paço
Com português do Brasil
Porque entra agora o sexo
Nesta contenda, achadiça
É coisa sem muito nexo
Eu não vou a essa missa...
O legado respeitamos
Dignos e com muito afinco
Mantemos a liberdade
Pura que nem um “brinco”
Depois fala de amor
Respeito, tradição e paixão
Esquecendo o dissabor
De ficar com um melão
Todos os anos é igual
Não cumprem o que prometem
E isso é um sinal
Que este ano não acertem
Tomam por lorpas os do Rossio
Mas nós deixamos que seja assim
Porque nós somos os guardiões do brio
Do Carnaval de Canas de Senhorim
Lagartixa por muito que queira
Nunca chegará a jacaré
Perdoo-lhe essa inveja
Porque isto é o que é!...
Somos melhores, maiores, grandiosos
Uma força do Tamanho do Universo
Juntamos nossos pais e avós saudosos
Ao Rossio que aqui vos verso
Parabéns ao adversário
Desta vez aprimorou-se
Deixou de ser primário
Fosse lá porque fosse
As quadras compostinhas
Trabalhadas com empenho
Estão muito arranjadinhas
De conteúdo e tamanho
A verdade é sagrada
Foi assim que aprendi
Mas não vejo sanada
A doença que entrevi
O Rossio está deprimido
Sofre de mal de amores
O culpado é o Cupido
Não são os sabotadores
Isto já é paixão antiga
Muitas vezes camuflada
Por uma ou outra briga
Uma ou outra cacetada
P’ra disfarçar a choradeira
Vai recorrer à tecnologia
Com tamanha chinfrineira
Pensa qu’a paixão alivia
Torna-se difícil rivalizar
Se isto continuar assim
Com um Rossio a amar
Em Canas de Senhorim
Escolha outro par
Agarre outro braço
Não se deixe tentar
Pela beleza do Paço
Amores incorrespondidos
Dão sempre mau resultado
Se querem ser atendidos
Vão amar para outro lado
O paço só quer competir
Com entrega e devoção
P’ró Carnaval se cumprir
Como manda a tradição
O Paço quer competir?
Mas não tenha ilusões
Para um Carnaval construir
Nós damos explicações
Mas é um caso perdido
Parece não aprender
Com raposas tem vivido
E causa-me algum prazer
Amor tem o Rossio
Pelo Carnaval de Canas
Nisso têm pouco brio
Talvez umas paixões insanas
Mas ainda me dirão
Quem vos elegeu defensores,
Desta nobre tradição
Não são vocês provedores...
Continua com despeito
As minhas rimas criticar
Mas em questões de respeito
Vocês não são de fiar
Só pela vossa irritação
De um despique amplificado
Até vou contra a minha opinião
Para não me sentir gozado
E esqueça lá isso dos amores
Porque já não temos idade
Prefiro viver com os sabores
E aquela eterna saudade
Os amores não esquecem!
Por muito que custe crer
São eles que comprometem
O vosso ensejo de vencer
Ficam p’ra ali aturdidos
Pelo nosso esplendor
Apurando os sentidos
E silenciando o amor
É tanto o vosso espanto
Tanta a vossa emoção
Que se rendem ao encanto
Com apreço e admiração
Invejam o nosso colorido
A marcha com mais graça
O cortejo mais aplaudido
Quando o meu bairro passa
Depois vêm com desculpas
Para não perder o orgulho
Assumam mas é as culpas
Não metam o Paço ao barulho
É com essa triste postura
Que me divirto e delicio
Confirmam a fraca figura
Que nos oferece o Rossio
O que o Paço tem de bom
Mas é uma verdade atroz
De Lisboa vem o som
Os fatos da Figueira da Foz
E até lhe digo mais
Já em asnelas também fazem
Vêm de outros carnavais
Os fatos que vocês trazem
Invejar o vosso colorido?
Ou o vosso ar atómico?
Talvez nunca tenha ouvido:
Mas é de um gajo ir ao vómito!
Aplaudem vossas “loucas”
Isso tem motivo lógico
Também aplaudo as focas
Quando vou ao Jardim Zoológico
No Rossio não expulsamos
Os companheiros marchantes
Os problemas conversamos
Não somos amuados pedantes
E as atitudes insanas
De a vossa marcha olhar
É um sacrifício por Canas
para o entrudo não acabar
Da Figueira ou de Lisboa
Não interessa de onde seja
A nossa marcha é coisa boa
Que vos causa muita inveja
Os fatos são bonitos
Haja moças p’ros vestir
Não é nos vossos corpos
Que eles hão-de servir
D’ir ao vómito e agoniar
É mesmo o vosso feitio
E eu tenho que aturar
Estes gajos do Rossio
”Aplaudam vossas loucas”
Que raio quer isto dizer
O Cingab anda às aranhas
E eu p’ra o entender
Quem anda sem tacto
Não é o Paço de certeza
É o Rossio e o tal de Impacto
Que não assume com firmeza
E agora para acabar
Vou despedir-me com estima
Só lhe peço para começar
As novas rimas mais acima
No Post "A Quadra perdida"
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